1. |
Tango
02:44
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2. |
Me Deixe Saber
03:13
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Calou fundo quando você insinuou
Que a uma grande amiga sua, você cogitou
Um sentimento maior,
Algo mais que um bem querer
Se tem algo que me arrependo
Foi ter fingido não ouvir
Pois na verdade,
Preciso muito que me deixe saber
Se é mesmo em mim
Que você pensa quando está só
Porque dispenso a poesia
Que há em ser amada sem saber
Me deixe saber, me deixe saber , me deixe saber
E se eu pergunto é porque sou incapaz
De descobrir sozinha
E nem em mim tenho certeza
Do que é melhor pra nós dois
Nossa amizade, eu sei
Podemos pôr tudo a perder
Qualquer que seja sua resposta
O que era antes não mais vai ser
Pois bem,
Assumo o risco, mas me deixe saber
Se é mesmo em mim que você pensa
Quando está só
Porque dispenso a poesia
Que há em ser amada sem saber
Me deixe saber, me deixe saber , me deixe saber
Não vá decidir de antemão se vai dar certo
Esqueça o que deu errado na vida
Com você
Só me deixe saber se você
Também sofre um bocado ao viver
O mesmo dilema
Me deixe saber (Se sou eu)
Me deixe saber (O que é)
Me deixe saber
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3. |
Cortesia
04:18
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Confesso: tenho inveja de quem se basta pra viver
Fosse eu assim não estaria a perguntar por quê
Se deixar levar, seguir qualquer intuição
Sem nem sequer desconfiar se é insensato ou não
Por que sonhar é tão fingir?
Por que se encorajar, pra que se permitir?
Ainda que um dia o tempo vá esclarecer
Dessa cortesia eu me recuso a ficar à mercê
E não diga que um dia você vai me esclarecer
Dessa cortesia eu me recuso a ficar à mercê
Cruzei bem mais que meus próprios muros pra te ver
Mal sei se foi convite seu ou se fui eu a me oferecer
A ir onde for, tentar te entender, viver um mundo seu
E ainda me pergunto em vão o que aconteceu
Por que eu fui? Por que, deus, fiquei?!
O que faço desse vazio, agora que voltei?
Ainda que um dia o tempo vá esclarecer
Dessa cortesia eu me recuso a ficar à mercê
E não diga que um dia você vai me esclarecer
Dessa cortesia eu me recuso a ficar à mercê
Mas não,
Era só dizer claro que não
Pois é,
Eu vi “sim” no que era “talvez”
E nessa ânsia eu vou sem saber
Se deixei escapar
Ou se não passa de um mero palpite infeliz
O princípio de toda ilusão
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4. |
Horizonte
03:46
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Me peça pra ser
E ter um quê de você
Mal posso esperar
Pra chegar a um destino qualquer
Encontro a luz
Que brilha na escuridão
Conheço o princípio do fim
Escolho entre o bem e o mal
Não há o que fazer
Se não pronunciamos mais
As únicas palavras que nos dariam a chave
Para um outro final
O que fazer?
Junto minhas forças
Mas tudo parece igual
As cores se fundem entre si
No horizonte, um jardim surreal
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5. |
Amor Em Fuga
03:38
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Eu disse sim
Eu quis partir
Deixar pra trás
O que não fosse vermelho
Vamos viver
Venha, sem freios
Nem devagar
Chegamos inteiros
Levamos planos, mapas, ideais
Movimento e paz, entrelaçados
Caprichosamente descuidados,
Inquietos, lá vamos nós.
De todo resto, ao redor,
Estamos livres
Do resto, ao redor,
Estamos mais longe
Agora estamos mais longe,
Perto de ti, mais longe de tudo
Estamos mais longe
Desdobrando asas, mais longe
Agora e sempre mais longe
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6. |
Da Noite
03:50
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Já são dois dias sem dormir
Não vou sofrer
Vou sair e procurar
Um lugar pra mim
Risos postiços
Gestos na contramão do corpo
A contragosto
Camuflando a dor
Que é a falta de amor
Em todo bar escuro
Não quer dizer
Que na escolha pelo excesso
Não possa haver
Algum escape da solidão
Quem é da noite vem ver
Quem tem a sorte de ter
Qualquer prazer fugaz
Que ajude a esquecer
O que não ficou pra trás
Mas de manhã depois, eu sei
Olho pra trás e vejo
Toda euforia, em si, não fez
O menor sentido
Porque não cessa a dor
Porque persiste a mesma insônia
Que te anula e dilacera
Mais que qualquer sonho ruim
Mesmo se perceber
Nem quem vagueia pela noite
Sabe dizer
Por que insiste nessa ilusão
Quem é da noite vem ver
Quem tem a sorte de ter
Qualquer prazer fugaz
Que ajude a esquecer
O que não ficou pra trás
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7. |
854
03:38
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8. |
Boas Maneiras
03:40
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Quanta gentileza sua
Ter se lembrado de me procurar
Pra dizer que gostaria que eu fosse
O primeiro a saber
Que você vai voltar pra ele
E lá, longe de mim, vai buscar se encontrar
Muita gentileza sua
Me ligar
Sexta às 3 da manhã
Me cobrando por que estou tão triste
Sozinho em casa sem sono e sem par
Me perdoe se não tive peito
De me rebaixar
Me esquivei com um tolo pretexto
É um orgulho barato
Que teimo em desperdiçar
Como escudo pra me proteger
Dos seus ardis
Que tanto seduzem
Bagunçam a paz
De quem sempre achou
Que no amor sabia onde pisar
Saiba que não me esqueço
Do brilho no seu olhar
Quando vê que diante dos meus fraquejos
Diante desses meus receios
Em mim, seu império
Terá sempre um lar
Satisfação ter você ainda por perto
E poder confessar
Sem pudor, ironia ou ressentimento:
Sentirei falta
Dos seus joguinhos de amar
Atenção!
Eu posso um dia te visitar, viu?
Boas maneiras, eu não sei...
Não deixe estar como está
Não faça cerimônia
Quando alguém arrisca
A esfinge devora, sem dó
Quem não a decifrar
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9. |
Campo Minado
03:44
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Havia um copo de café entre nós dois
E seu olhar imperial
Me interrogava em busca de razões
Em vão, só sei que não quero mais
Da vida eu quero paz, cansei desse jogo
Quem foi que disse que estar só é algo errado?
Não vê o campo minado que é esse tal de amor?
Preciso ir, é pro meu próprio bem,
Que esse amor já me faz mal
E todo encanto se esvaiu em fel
E agora, você me olha como a um algoz
Fui só porta-voz do meu desengano
Quem foi que disse que estar só é algo errado?
Não vê o campo minado que é esse tal de amor?
“Ei, volte aqui, não demore, venha me ver...”
Disse a ele que não me esperasse,
Talvez não voltasse...
E saí sem saber
Se sofria,
Ou me importava
Tampouco olhei pra trás,
Convinha deixar pra depois.
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10. |
Conga
03:22
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11. |
Que Tal Paris?
04:20
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‘Eu quero te ver’,
Foi logo dizendo,
Eu pensei em dizer não, mas refleti;
‘Já que estou sozinha,
Não tenho nada a perder’.
Fazia três meses, ele não me ligava
Eu queria mais... e me contentei em esperar
Enquanto preparava um drinque
Eu me perguntava se enfim
Ele iria me tomar pra si
Quando é que tudo vai ter fim?
Me deu a mão
‘Que tal Paris?’, disse ele
‘Que tal nós dois?’
Eu não disse sim
Eu não disse sim por um triz
Por isso eu quero trégua
Me poupe
Eu não respondo mais por mim
Quando é que tudo vai ter fim?
Será que vai ter fim?
Se ao menos ele olhasse pra mim,
Saberia que chorei ao fazer amor
Pensando no que perdi
E nunca vou ter
E quanto tempo eu ensaiei dizer
‘Ora, não pense você,
Que vai ser sempre assim
Você me tem quando quer
Mas isso vai ter fim!’
Mas ele nunca ouviu
Havia muito estava longe dali
E um bilhete em minha cama
Justifica uma urgência qualquer
Eu hesitei, eu relutei
Mas pensei mesmo assim
‘Quando é que ele volta?
E se eu topo Paris?’
Por isso eu quero trégua
Me poupe
Eu não respondo mais por mim
Quando é que tudo vai ter fim?
Será que vai ter fim?
Me poupe dos seus encantos
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12. |
Velho Mundo
03:10
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Perto do meu caminho
Eu vejo um desvio
Que leva a outro lugar
Desconhecido
E mesmo sozinha
Nesse mundo antigo
De volta pra casa
No vai-e-vem das avenidas
Uma vez, finalmente distraída,
Parei
Pressinto o perfume do inesperado
Aqui, em mim
Já não são os mesmos passos,
Possíveis
É o alvorecer de um novo tempo
De luz, amor, mistério e fúria.
Longe daquele sentido
Que o dia-a-dia se acostuma
A impor aos pouquinhos
Comigo,
Não há mais uníssono,
É tudo contraste
Na cidade adormecida
Como o céu que anuncia a tempestade
É muito mais que um rumor
Aqui, em mim
Já não são os mesmos passos,
Possíveis
É o alvorecer de um novo tempo
De luz, amor, mistério e fúria
Eu não tenho pressa
Eu vou ficar e observar
Fazer das praças de novo
O ateliê das ruas
E quando chegar ao fim
Vou dizer – não foi em vão
Não foi em vão
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